A Invasão dos Roedores: Por Que Ratos São Mais Que um Inconveniente

Ratos e camundongos são, historicamente, algumas das pragas mais perigosas para a humanidade. Adaptáveis, rápidos e extremamente prolíficos, eles representam uma ameaça tríplice em ambientes urbanos: risco sanitário, danos estruturais e comprometimento de segurança.

Em áreas urbanas, as espécies mais comuns são: o Rato de Telhado (Rattus rattus), a Ratazana (Rattus norvegicus) – que vive em esgotos – e o Camundongo (Mus musculus). Onde há comida, água e abrigo, há potencial para uma infestação devastadora.

O Perigo Oculto: Os Riscos Sanitários Trazidos Pelos Ratos

Os roedores transitam por lixões e esgotos e são transportadores de inúmeros patógenos em seus pelos, patas, urina e fezes. A contaminação ocorre quando esses dejetos entram em contato com alimentos, utensílios ou superfícies:

• Leptospirose: Transmitida pelo contato com água ou alimentos contaminados com a urina do rato. É uma doença grave que pode ser fatal.
• Hantavirose: Transmitida pela inalação de poeira contaminada com fezes ou urina seca de roedores. Afeta o sistema respiratório e pode causar a Síndrome Pulmonar por Hantavírus.
• Salmonelose: Transmitida através de fezes que contaminam alimentos, causando intoxicação alimentar e graves problemas gastrointestinais.

Além dos riscos diretos à saúde, os ratos contaminam despensas, armazéns e cozinhas, causando grandes perdas de estoque.

Danos Estruturais: Os Roedores e a Destruição Silenciosa

A necessidade constante de roer (para desgastar seus dentes, que crescem sem parar) transforma os ratos em agentes destrutivos:

• Risco de Incêndio: Roem fiações elétricas, cabos de internet e gás, aumentando drasticamente o risco de curtos-circuitos e incêndios.
• Comprometimento Estrutural: Danificam tubulações de PVC, isolamentos térmicos, forros, gesso e estruturas de madeira.
• Deterioração de Estoques: Destroem embalagens, sacos de grãos e produtos armazenados, tornando-os impróprios para o consumo.

O Controle Profissional: A Desratização com Segurança e Estratégia

O controle de roedores requer mais do que armadilhas e venenos vendidos no mercado. É necessária uma abordagem técnica conhecida como desratização, focada em três pilares:

1. Saneamento e Exclusão (Ações Preventivas)

• Eliminação de Acesso: Vedar todas as frestas, buracos e aberturas na estrutura (incluindo telhados e portas) maiores que 0,5 cm.
• Remoção de Alimento: Armazenar lixo e alimentos em recipientes à prova de roedores (metálicos ou plásticos grossos com tampa justa).

2. Tratamento Técnico (Métodos de Desratização)

O controle profissional utiliza iscas raticidas e métodos de armadilhagem que garantem a segurança de crianças e animais domésticos:

• Iscas Parafinadas/Granuladas: Posicionadas dentro de estações porta-iscas invioláveis. Isso protege o veneno contra umidade e impede o contato de pessoas ou pets.
• Mapeamento da Infestação: O técnico mapeia as trilhas, ninhos e pontos de passagem dos roedores para posicionar as iscas e armadilhas estrategicamente, visando a eliminação da colônia.
• Rodenticidas de Ação Lenta: O uso de raticidas anticoagulantes de ação lenta garante que o rato, ao se alimentar, não morra imediatamente, evitando o que é chamado de “medo da isca” no restante da colônia.

Somente a desratização profissional garante a identificação da espécie, o mapeamento preciso e o uso de produtos e técnicas seguras para erradicar a colônia em sua totalidade.

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